Os campos de milho desta aldeia portuguesa escondem uma praia intocada. Conseguirá encontrá-la?
A poucos minutos de Coimbra, esta praia fluvial oferece água cristalina, sombra natural e um refúgio tranquilo longe das multidões.

As noites estão mais frescas, mas Portugal continental continua com temperaturas máximas de “verão”. Aliás, na passada quinta-feira, 25 de setembro, as temperaturas aproximaram-se mesmo dos 30 °C em várias regiões do país. Mas, atenção, porque neste fim de semana a situação pode alterar-se, com a aproximação do ex-furacão Gabrielle.
“A incerteza quanto à trajetória exata do ex-furacão Gabrielle ainda é significativa, mas os modelos apontam para que os seus efeitos sejam sentidos ao longo de domingo, com eventual impacte também na segunda-feira. Até ao final de domingo, espera-se que a precipitação acumulada possa alcançar os 26 mm, designadamente no litoral Centro”, avisa Hélder Lopes.
Enquanto o tempo não vira definitivamente a página para o outono, e sempre que o tempo brindar com um dia de verão fora de época, sugerimos que aproveite a oportunidade para mergulhos tardios e passeios em refúgios naturais. Afinal, esperam-se alguns meses em que um mergulho poderá não ser o melhor plano — portanto, o melhor é aproveitar até à última. Um desses recantos, ainda pouco conhecido, é a Praia Fluvial da Nora, no concelho de Soure, a pouco mais de vinte minutos de Coimbra.
Um refúgio discreto no coração de Soure
Entre os muitos recantos que o concelho de Soure guarda, há um que se mantém quase secreto: a Praia Fluvial da Nora. Escondida entre campos de milho e vegetação, é o tipo de lugar que só quem sabe chega — e quem chega dificilmente esquece.
Localizada a cerca de vinte minutos de Coimbra, na aldeia de Casconho, esta zona balnear distingue-se pela simplicidade e pelo ambiente tranquilo.
O acesso faz parte do encanto: depois de deixar o carro num pequeno parque, há ainda um caminho de terra batida para percorrer a pé. Pode contar com cerca de dez minutos de caminhada por entre a natureza até chegar à água cristalina. Pelo caminho, sente-se logo que se trata de um refúgio especial.
Entre mergulhos e história medieval
O próprio nome pode aumentar a curiosidade: ‘Nora’ deve-se à presença de uma antiga nora hidráulica, um mecanismo tradicional usado para retirar água do rio e regar os campos. Ainda hoje, essa estrutura é uma espécie de testemunho vivo da ligação da região à agricultura.

Esse ambiente rústico prolonga-se por toda a zona balnear, que se distingue pela simplicidade e autenticidade. Aliás, há mesmo uma ponte de madeira que atravessa o curso de água cristalina e que acrescenta um toque pitoresco à paisagem.
E, não, aqui não há cafés nem esplanadas, mas não se preocupe, a sombra das árvores e a relva convidam a piqueniques tranquilos.
Para quem quiser prolongar o passeio, ou para quando houver uma alteração inesperada das condições atmosféricas, saiba que Soure oferece ainda um património rico e pouco explorado. Assim, pode sempre trocar os banhos de sol por um passeio mais fresco.
O Castelo, erguido na Idade Média, fica a poucos minutos da praia e conserva parte das muralhas e torres originais. O centro histórico, os miradouros e baloiços espalhados pela região, assim como o Museu Municipal, completam a visita e revelam um concelho que alia história e natureza em doses iguais.
No fundo, a Praia Fluvial da Nora é um espaço simples, mas especial, ideal para mergulhos frescos nos dias quentes ou apenas para apreciar um cenário genuíno e quase intocado durante todo o ano.