Como visitar os pontos turísticos mais famosos de Lisboa sem usar o metro?
Está a viajar pela capital? Descubra como explorar a cidade sem metro durante a greve de setembro.

Vai estar em Lisboa nos dias 9 a 11 de setembro? Então prepare-se: o metro vai parar durante a manhã, com greve anunciada entre as 5h e as 10h. Em princípio, por volta das 10h30 tudo voltará ao normal, mas até lá convém ter um “plano B” para não perder tempo e, acima de tudo, não perder a boa disposição.
Que é uma situação incómoda e algo frustrante, ninguém nega, mas não desanime — afinal, a capital não se resume às linhas subterrâneas. Lisboa é uma cidade cheia de alternativas para se deslocar e até pode ser a desculpa perfeita para experimentar transportes que normalmente ficam esquecidos.
Alternativas para circular na cidade
Os autocarros da Carris são uma das opções mais seguras, já que a rede cobre praticamente toda a cidade e tem bastante frequência, embora o trânsito possa atrasar um pouco as viagens. Outra alternativa são os elétricos, que além de úteis são uma verdadeira atração turística; o famoso número 28, por exemplo, leva-o por Alfama, Graça e Bairro Alto, transformando o simples ato de se deslocar numa experiência memorável.
Se estiver hospedado em zonas como Cascais, Estoril ou Sintra, pode sempre contar com os comboios que o trazem até ao centro de Lisboa, seja à estação do Rossio ou ao Cais do Sodré, de onde já fica muito perto de vários pontos turísticos. Para quem vive ou está alojado na margem sul do Tejo, os barcos são uma excelente solução, ligando Cacilhas ou Montijo à capital com a vantagem de proporcionarem uma das melhores vistas da cidade.
Há ainda a opção de recorrer a táxis ou plataformas como Uber, Bolt e Free Now, particularmente convenientes se tiver pouco tempo ou viajar acompanhado. Para os mais aventureiros, Lisboa oferece ciclovias e serviços de partilha de bicicletas e trotinetas elétricas, embora seja preciso não esquecer que as colinas podem dar luta.

E, claro, há sempre a hipótese mais simples e charmosa: caminhar. Muitos dos principais pontos de interesse ficam a uma distância relativamente curta e, ao percorrer a cidade a pé, acaba por descobrir miradouros, azulejos e recantos que dificilmente encontraria de outra forma.
Sugestões de percursos sem metro
A zona da Baixa até ao Chiado e Cais do Sodré é perfeita para percorrer a pé, passando pela Rua Augusta, espreitando o Elevador de Santa Justa e terminando junto ao Tejo. Sim, porque, apesar de os funiculares da Graça, Bica e Lavra terem sido suspensos após o grave acidente com o Elevador da Glória (a 3 de setembro), o de Santa Justa não foi afetado e mantém-se operacional. Depois, pode apanhar o ar fresco da Ribeira das Naus.
Se o objetivo for conhecer Alfama, pode chegar de elétrico ou autocarro e depois perder-se sem pressa nas ruelas estreitas. Aqui, cada esquina revela azulejos antigos, varandas floridas e miradouros com vistas deslumbrantes sobre o Tejo.
Belém também não pode faltar no roteiro. Um autocarro ou o elétrico 15 deixam-no junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Dali, pode caminhar até à Torre de Belém, visitar o Padrão dos Descobrimentos e terminar a tarde nos jardins junto ao rio. Claro que nenhuma visita está completa sem provar os famosos pastéis de Belém, quentinhos e polvilhados com canela.

Já quem quiser explorar o Parque das Nações pode optar pelo comboio até Oriente. Esta é a zona mais moderna de Lisboa, com arquitetura contemporânea, o Oceanário, o Pavilhão de Portugal e um longo passeio ribeirinho ideal para caminhar ou andar de bicicleta.
Outra alternativa é o Bairro Alto, que pode ser alcançado a pé ou de autocarro. Durante o dia, é um sítio tranquilo para passear, descobrir lojas independentes e miradouros como o de São Pedro de Alcântara. À noite, transforma-se num dos principais centros de vida noturna da cidade, com bares, música e muita animação.
Por fim, se gosta de locais menos turísticos, pode aventurar-se a Campo de Ourique, um bairro residencial cheio de cafés, pastelarias e o Mercado de Campo de Ourique, ótimo para uma refeição descontraída. Também pode subir até ao Jardim da Estrela, onde o ritmo abranda e se sente o ambiente lisboeta mais autêntico.
Dicas práticas
Se tiver consigo o passe Navegante, da Carris, pode usá-lo em praticamente todos estes meios de transporte (desde que dentro do limite geográfico de 1 município selecionado), o que facilita muito a gestão da viagem.
Além disso, aplicações como Google Maps ou Moovit são grandes aliadas, já que permitem verificar em tempo real as melhores opções para chegar rapidamente ao destino.