Luz natural: um recurso arquitetónico para uma construção mais sustentável

Aplicar o trajeto do sol a um projeto, para tirar benefícios da luz natural, é uma forma brilhante de resolver problemas energéticos e reduzir o consumo. Saiba mais aqui!

arquitetura bioclimática
A arquitetura bioclimática é de extrema importância para manter o conforto e um menor consumo de energia.

A luz que entra nas nossas casas através de janelas e varandas desempenha um papel importante na eficiência energética. Poupa eletricidade e pode mesmo ajudar a aquecer as divisões da casa, o que tudo se soma a uma poupança significativa no consumo de eletricidade e dinheiro.

Contudo, não é apenas necessário concentrar-se em obter o número máximo de horas de luz, é igualmente importante conjugar com os quartos e as necessidades daqueles que vão utilizar a casa ou edifício a construir.

Por outras palavras, é necessário ter em conta variáveis como: a quantidade de luz que vai entrar, as horas em que vai ser utilizada, o calor que vai ser armazenado numa sala através da incidência direta do sol, etc.

Um exemplo seria se uma família não estivesse em casa toda a manhã, seria do seu maior interesse fazer o melhor uso da luz à tarde. Ou se o local da casa mais utilizado for a sala de estar, por exemplo ao meio-dia, então a sua orientação deve ser concebida tendo em mente esse tempo.

Consequentemente, conseguir manter todos estes parâmetros sob controlo é, para a arquitetura, um desafio de génio que leva à criação de fórmulas para uma utilização real e eficiente, que também é confortável e proporciona bem-estar para o utilizador.

Esta não é a arquitetura do futuro, longe disso, pois a arquitetura sempre teve o conceito do sol como 'fornecedor' de luz e calor naturais, por isso é mais um aspeto da arquitetura em constante evolução, a arquitetura bioclimática.

Principais fundamentos

O lugar é fundamental. Não é o mesmo construir uma casa na Noruega que nos trópicos, e não só devido à localização destes lugares no trajeto do sol, mas também devido às condições atmosféricas e meteorológicas.

Da mesma forma que a luz procurada numa igreja gótica ou num panteão grego não é a mesma. A equipa de arquitetura deve encontrar uma solução para os parâmetros específicos de cada projeto.

Grandes janelas, clarabóias, espaços modulares e mutáveis são algumas das soluções mais óbvias, mas há outras que podem não parecer tão óbvias à primeira vista, mas que realmente aproveitam ao máximo a luz e a sua disposição. Por exemplo salas abertas para que a luz chegue o mais longe possível, colocação estratégica de espelhos para que quando a luz cai sobre eles dê mais profundidade à sala, tais como pavimentos ou espelhos que refletem a luz.

Arquitetura bioclimática

Tanto a utilização do sol como as outras características de um determinado clima definem a essência da 'arquitetura bioclimática'. Mas, afinal, o que é que é importante neste aspeto da arquitetura?

Esta faz o melhor uso possível de todos os recursos climáticos e sabe como integrar o edifício cuidadosamente e de forma bonita no seu ambiente. Além disso, o respeito pelo ambiente é um aspeto importante da arquitetura bioclimática, e isto envolve, também, a escolha dos materiais utilizados.

É dada prioridade à eficiência energética com a utilização correta dos recursos, tais como a água. A fauna e a flora do local são tidas em conta antes da construção, entre outros aspetos.

A arquitetura climática tem em conta o local envolvente da construção, assim como, a trajetória do sol, ao longo do dia, para que se possa usufruir mais da luz natural.

Os benefícios deste tipo de arquitetura são notáveis. Por um lado, os habitantes notarão um maior grau de conforto neste tipo de construção, menos calor e menos frio quando necessário.

A utilização da eficiência energética leva a um consumo de energia mais limpo, reduzindo assim a pegada de carbono, bem como oferece níveis de consumo inferiores aos de outras construções devido à eficiência da utilização de energia.