Lua, Marte, Vénus e Saturno não voltarão a ter este aspeto até 2040!

O céu noturno desta semana, tal como aconteceu durante todo este mês, apresenta uma vasta riqueza do ponto de vista da observação dos planetas vizinhos, situação que só voltará a repetir-se em 2040. Agarre os binóculos!

Observando o céu.
Silhueta de homem num ambiente ideal para observar os planetas e as estrelas que nos rodeiam, tanto a olho nu como com a ajuda de um telescópio.

O amanhecer da passada segunda-feira (28), bem como os restantes da corrente semana serão ideais para os amantes da observação de planetas. Nas primeiras horas da manhã será possível observar a Lua, os planetas Marte e Vénus, bem como Saturno e os seus afamados anéis. Júpiter também será visível, se bem que um pouco mais difícil de detetar à vista desarmada.

Ao olhar para Sudeste, conjugando boas condições de visibilidade (sem nebulosidade) e pouca poluição visual (pouca iluminação artificial) será possível ver a Lua, com Saturno à sua direita, encontrando-se Vénus e Marte à sua esquerda, formando quase que um triângulo. Tudo isto poderá ser visível a olho nu, se bem que a ajuda de uns binóculos, ou mesmo de algum tipo de telescópio fará toda a diferença na captação deste momento.

Está (...) encontrada uma justificação para acordar mais cedo no que resta desta semana, a última do mês de março, e também os primeiros dias de abril.

Para servir de referência, o planeta Vénus será o mais alto e o mais brilhante no horizonte celeste, sendo que Marte apresentará a sua habitual cor avermelhada. Se aquando da visualização estiver a ser utilizado um dispositivo com uma lente que permita uma ampliação mais potente será igualmente possível identificar Júpiter, cerca de duas horas antes do nascer do Sol, aproximadamente às 05:26 da manhã.

Curiosamente, esta situação, ou seja, o surgimento de mais de metade dos planetas do Sistema Solar no horizonte do planeta Terra, em simultâneo, só voltará a ocorrer em 2040. Até lá, poderemos ver esporadicamente alguns destes planetas (Vénus e Marte, por exemplo), mas individualmente ou apenas em grupos de dois.

A última semana confirma o potencial do mês

Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), março foi um mês em que todos os planetas visíveis a olho nu foram observáveis no céu noturno. O planeta Mercúrio foi observado ao amanhecer, até ao passado dia 15, na constelação de Capricórnio, movendo posteriormente para as constelações de Aquário, Peixes e Baleia. Tal como os planetas atrás citados, Mercúrio surgiu a Sudeste.

Do ponto de vista dos planetas que não são visíveis a olho nu, nomeadamente Urano e Neptuno, estes encontram-se nas constelações Carneiro e Aquário, respetivamente, sendo que terão obrigatoriamente de ser observados com recurso a um telescópio. De salientar que, segundo a mesma fonte (OAL), os planetas aqui abordados serão visíveis no período que se designa por crepúsculo matutino, especialmente durante a segunda quinzena deste mês, período em que nos encontramos de momento.

Por fim, é importante salientar que o satélite natural do planeta Terra, a Lua, encontra-se na fase de Quarto Minguante desde o passado dia 25. O ponto da sua órbita em que Lua esteve mais próxima da Terra, ou seja, o seu momento de Perigeu, ocorreu no dia 23. Está assim encontrada uma justificação para acordar mais cedo no que resta desta semana, a última do mês de março, e primeiros dias de abril.