Impressionante subida do rio Tâmega gera cheias em Chaves, Vila Real

O rio Tâmega continua a receber água resultante da chuva forte e persistente que se verificou durante o temporal de Ano Novo, tendo, devido a isso, galgado as margens e provocado cheias em Chaves, Vila Real. Veja as imagens!

Apesar do desagravamento do estado do tempo em Portugal continental - após um domingo de Ano Novo marcado por um temporal de grande magnitude - é notícia esta segunda-feira (2) a impressionante subida do rio Tâmega em Chaves, distrito de Vila Real, como tão bem se pode ver nas imagens abaixo.

Como este rio continua a ser alimentado pela água gerada pela forte precipitação dos últimos dias, galgou as margens e provocou cheias e inundações em vários pontos da cidade. O vereador da Proteção Civil, Nuno Chaves, explicou - em declarações à Agência Lusa - que “neste momento o rio está a uma cota de 2,95 metros acima daquilo que é a cota normal para este período”.

Ainda de acordo com a Proteção Civil Municipal, durante a madrugada, “dois a três espaços comerciais” foram afetados na zona ribeirinha, perto da ponte romana. Também há registo de inundações em espaços agrícolas. Ontem (1 de janeiro), a chuva abundante e persistente também causou inundações nalgumas casas e estabelecimentos comerciais, deslizamentos de terras em estradas, ocorrências que têm sido resolvidas pelos serviços da Proteção Civil, auxiliados pelos bombeiros.

Do outro lado da fronteira, a apenas 30 quilómetros a norte de Chaves, desde Verín, município raiano de Espanha (Ourense, Galiza) é bastante percetível o volumoso caudal do rio que já transbordava pelas 03:00 da manhã.

Destaque-se ainda as imagens que registam o colossal fluxo de água na barragem de Daivões, no rio Tâmega, originado pelas chuvas intensas de domingo (1), dia de Ano Novo.

Além das cheias no rio Tâmega, o temporal de grande magnitude do Ano Novo também foi particularmente intenso noutras regiões do Norte de Portugal, como o Alto Minho.

Houve inundações, derrocadas e incontáveis estragos, salientando-se a completa destruição das iluminações de Natal no centro da cidade de Viana do Castelo, a derrocada parcial da muralha da Fortaleza de Valença, as ruas como autênticos rios em Caminha e os extraordinários 188 mm de precipitação registados em Cerveira em somente 24 horas.