Earl, o primeiro Grande Furacão da temporada de furacões do Atlântico?

Depois do nascimento do Danielle há mais um sistema depressionário a agitar as águas do Atlântico. É o Earl. Que impactos poderá ter e que áreas poderá afetar? Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!

Furacão.
Imagem de satélite do furacão Alex, em pleno desenvolvimento no Atlântico, em 2016, tendo afetado as Bahamas, as Bermudas, o Açores e ainda a Gronelândia.

Nos últimos dias, o furacão Danielle tem sido notícia por ter sido o primeiro furacão da temporada de furacões do Atlântico em 2022, que teve o início oficial no passado mês de junho, no dia 1. Até ao início deste mês de setembro, apenas se tinham registado três tempestades tropicais, Alex, Bonnie e Colin, respetivamente, sendo que a primeira foi a mais intensa e a que provocou mais estragos, com os ventos a chegarem aos 110 km/h, precipitação intensa que provocou inundações em toda a ilha de Cuba e ainda na Flórida.

O mediatismo do furacão Danielle estava associado ao facto de poder vir a afetar o estado do tempo no Arquipélago dos Açores e até mesmo na Península Ibérica. As mais recentes previsões apontam para que este evento perca força até ao fim de semana, sendo que no dia 10 de setembro, sábado, é expectável que seja uma tempestade subtropical, com ventos sustentados na ordem dos 80 km/h e rajadas que podem chegar aos 102 km/h.

(...) apesar de ser o maior evento da atual época dos furacões, não irá afetar áreas densamente povoadas (...)

Assim, destaca-se o Earl como o possível primeiro Grande Furacão da temporada de 2022. Atualmente é “apenas” uma tempestade tropical, que se está a desenvolver a Norte da ilha de Porto Rico, cuja atividade se iniciou no passado dia 3. Contudo, já deixou um rasto de chuva e ventos fortes por um conjunto de ilhas das Caraíbas, pequenas nações que dispõem de poucos meios para responder a situações deste género. As Ilhas Leeward, bem como as Ilhas Virgens Britânicas e Americanas são exemplos de territórios afetados com menor intensidade.

A ilha de Porto Rico foi a que recebeu uma maior quantidade de chuva, ou seja, a mais afetada por inundações repentinas, devido à passagem dos limites exteriores da tempestade tropical.

Furacão em fúria: onde e como?

Nos próximos três dias e até ao fim da semana, é expectável que o Earl ganhe força à medida que avança para Norte, a uma velocidade de cerca de 9 km/h. Amanhã, dia 7, é esperado que se torne num furacão de categoria 1, na escala de Saffir-Simpson, registando ventos sustentados de 120 km/h e rajadas que podem chegar aos 150 km/h.

Já na quinta-feira, dia 8 é esperado que se torne num furacão de categoria 2, com um aumento da velocidade de deslocação na direção Nor-Nordeste. A velocidade dos ventos pode atingir os 167 km/h com rajadas acima dos 200 km/h. São estas condições que podem afetar diretamente o arquipélago de Bermudas, uma conhecida estância turística que é o lar de pouco mais de 60.000 pessoas.

Os ventos com força de tempestade tropical serão sentidos a mais de 150 km do centro do furacão. Esta situação, conjugada com a chuva forte, pode provocar danos em infraestruturas e inundações, especialmente em áreas mais vulneráveis.

Ainda segundo as previsões, é esperado que o apogeu do Earl seja no dia 9, sexta-feira, quando passará à categoria 3. Nesse dia, já depois de ter afetado as Bermudas, os ventos sustentados serão de 194 km/h com rajadas que podem chegar aos 241 km/h. Felizmente, apesar de ser o maior evento da atual época dos furacões, não irá afetar áreas densamente povoadas, como é o caso da costa este dos Estados Unidos da América.