O aquecimento global está a intensificar oito fenómenos climáticos extremos devastadores
Entenda a física por detrás do caos: como as alterações climáticas estão a alimentar oito eventos meteorológicos cada vez piores. Saiba mais aqui!

O artigo explora a relação intrínseca entre eventos climáticos extremos e a ciência climática moderna. Define-se "tempo extremo" como condições que se desviam significativamente dos padrões médios históricos, causando danos a comunidades, ecossistemas e economias.
Os 8 eventos climáticos extremos explicados
A ciência climática atual, ao estudar a atmosfera, oceanos e a terra, demonstra que o aquecimento global não é apenas uma teoria futura, mas um motor ativo que intensifica a frequência e a gravidade destes fenómenos no presente.
- Furacões e ciclones tropicais: Estes sistemas formam-se sobre águas oceânicas quentes. A ciência explica que o aumento da temperatura dos oceanos, impulsionado pelo aquecimento global, atua como combustível, libertando calor latente que intensifica as tempestades. O resultado são furacões com ventos mais rápidos e precipitação mais pesada.
- Tornados: Embora a formação de tornados dependa de cisalhamento do vento e instabilidade atmosférica, a ligação exata com a mudança climática é menos direta do que noutros fenómenos.
No entanto, estudos indicam que mudanças na instabilidade atmosférica podem alterar os padrões regionais de ocorrência destes eventos destrutivos.
- Ondas de calor: Existe uma ligação direta e comprovada entre o aquecimento global e as ondas de calor. Sistemas de alta pressão prendem o ar quente perto da superfície, e à medida que a temperatura média do planeta sobe, estes períodos de calor excessivo tornam-se mais longos, frequentes e perigosos para a saúde humana.

- Inundações e chuvas intensas: O princípio científico chave aqui é que o ar mais quente retém mais humidade. Isto resulta em tempestades que libertam volumes de água muito maiores, sobrecarregando os sistemas de drenagem naturais e urbanos, aumentando o risco de inundações fluviais e costeiras.
- Secas: As secas resultam de desequilíbrios prolongados entre precipitação e evaporação.
O aquecimento global exacerba este cenário: temperaturas mais altas aumentam as taxas de evaporação do solo e da vegetação, tornando as secas mais severas e ameaçando a agricultura e o abastecimento de água.
- Tempestades severas (Trovoadas): Caracterizadas por ventos fortes, granizo e raios, estas tempestades alimentam-se de ar quente e húmido em atmosferas instáveis. A ciência observa que o aumento da temperatura e da humidade fornece mais energia para que estas células de tempestade evoluam para sistemas complexos e destrutivos.

- Tempestades de inverno: Paradoxalmente, o aquecimento pode intensificar tempestades de inverno. Como o ar mais quente retém mais humidade, quando este interage com massas de ar polar, pode produzir nevadas mais pesadas em regiões onde as temperaturas ainda são suficientemente baixas.
- Incêndios florestais: O artigo conecta os incêndios ao clima através da aridez.
Secas prolongadas e ondas de calor secam a vegetação, transformando-a em combustível fácil. O aumento das temperaturas estende as "temporadas de incêndio", criando condições propícias para fogos maiores e mais incontroláveis.
Impacto económico e a adaptação
Estima-se que, entre 2014 e 2023, perdas relacionadas com o clima ultrapassaram os 2 biliões de dólares, afetando 1,6 mil milhões de pessoas. Além dos danos diretos à infraestrutura, há perdas no PIB global e custos humanos significativos.
A ciência climática defende, portanto, não apenas a redução de emissões, mas um investimento urgente em infraestruturas resilientes e sistemas de alerta precoce para mitigar estes riscos crescentes.
Referência da notícia
https://www.sciencetimes.com/articles/60881/20251208/8-extreme-weather-events-storms-explained-through-climate-science-insights.htm - The Science Times