Terá a dermatite atópica relação com a poluição e a meteorologia? Cientistas dão a resposta

As doenças da pele, a meteorologia e a poluição do ar podem estar mais relacionadas do que se imaginava, segundo um estudo recentemente publicado. Fique a saber mais sobre este assunto, connosco!

Eczema.
A dermatite atópica afeta uma grande parte da população humana, com sintomas visíveis na pele.

A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico é uma doença inflamatória e crónica na pele que afeta cerca de 1/5 da população infantil do mundo. Aparentemente, um novo estudo indica que na região intertropical (entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio) a incidência desta doença estará intrinsecamente associada a fatores meteorológicos e à própria poluição da atmosfera.

(...) a melhor maneira e mitigar este problema é manter os prestadores de cuidados de saúde atualizados, com os estudos académicos mais recentes (...)

São vastos e inúmeros os artigos científicos que comprovam que a dermatite atópica é sensível à poluição atmosférica, mas era até agora, menos claro a relação com outros tipos de riscos, como a emissão de gases com efeitos de estufa, as ondas de calor, a seca, os incêndios florestais e as inundações.

O eczema ou dermatite atópica manifesta-se com zonas da pele com manchas inflamadas, vermelhas, descamativas e ásperas, com presença de prurido.

Assim, os estudos mais recentes apontam para provas concretas de que os riscos climáticos, nomeadamente os que estão ligados à emissão de gases com efeito de estufa estão relacionados com a prevalência e a gravidade do eczema, bem com a procura de cuidados de saúde na tentativa de resolver este problema.

Poluição atmosférica.
A poluição atmosférica é um problema cada vez mais comum nos grandes centros urbanos. A aposta na mobilidade sustentável esta longe de resolver de forma convincente este problema.

Exemplos práticos e medidas de mitigação

A subida constante das temperaturas médias tem tido impacte na produção, distribuição e dispersão de aeroalergéneos e poluentes atmosféricos, que quando em contacto com a pele podem agravar os eczemas. Neste sentido, o stress físico e psicológico provocado pelas ondas de calor também aumenta as manifestações da doença.

Algumas formas de prevenir a dermatite atópica são: não coçar a pele nas áreas que provocam comichão; usar luvas no exterior, especialmente nos meses de inverno e utilizar sabão neutro no banho e secar a pele em vez de a esfregar.

Os sintomas do eczema também se manifestam com maior intensidade quando a pele contacta com cianobatctérias e espécies de ostreopsis, espécies encontradas em ambientes marinhos que podem ser tóxicas e que proliferam com as alterações climáticas. Tendo em conta que a dermatite atópica é uma doença comum, não só nos jovens, mas também nos adultos e nos idosos e também aquilo que se espera que seja a evolução dos fenómenos relacionados com as alterações climáticas, o estudo destas interações será essencial ao cuidado dos pacientes.

Estima-se que os casos de dermatite atópica sejam cada vez mais comuns, com um crescimento sustentado nos próximos anos, o que significa que a melhor maneira e mitigar este problema é manter os prestadores de cuidados de saúde atualizados, com os estudos académicos mais recentes, que por um lado, alertem para o aumento do número de casos e por outro promovam terapias preventivas com recursos humanos e materiais adequados.