Misterioso líquido verde sai dos esgotos em Nova Iorque

As grandes cidades costumam ser palco de certos fenómenos estranhos, mas o que se está a experimentar na “big apple” é novidade e com consequências ainda por quantificar. Fique a saber mais sobre o assunto, connosco!

Lixo.
Os novaiorquinos estão habituados a situações que colocam em risco a saúde humana, como grandes pilhas de lixo e pragas de roedores.

Há cerca de uma semana, a cidade de Nova Iorque foi surpreendida pela espécie de lama verde fluorescente que saía das sarjetas, no quarteirão onde se situa o famoso World Trade Center. Apesar de coincidir com o Halloween, uma tradição muito bem enraizada do outro lado do Atlântico, a saída inusitada de uma lama de cor tão peculiar nada terá a ver com a dita celebração.

Desde o dia 2 deste mês que as publicações nas redes sociais sobre este assunto se multiplicaram e não é caso para menos: será uma substância perigosa? Poderá ser um risco para a saúde humana?

(...) parte dos transeuntes que se cruzaram com esta situação acreditaram que seria uma substância perigosa ou tóxica que apresentaria riscos para a saúde da população e das espécies marinhas.

Ainda não há uma resposta oficial para estas questões, mas há uma série de possibilidades que não foram confirmadas, mas que estão a ser investigadas. De forma algo cómica, alguns habitantes da cidade, já habituados a situações peculiares, afirmaram que poderia ser uma situação relacionada com o conhecidos filme “Ghostbuster’s” ou mesmo com as famosas “Tartarugas Ninja”, já que as tramas destes filmes estão intimamente relacionadas com Nova Iorque.

Contudo, e de forma bastante mais séria, à medida que os dias foram passando, a lama verde que brotava de certas sarjetas e borbulhava em plena via pública acabou por se transformar em água, mantendo a cor verde fluorescente. Com esta nova configuração, a situação assemelhava-se a uma fuga gigante de líquido anticongelante utilizado no sistema de refrigeração dos veículos automóveis.

Verdadeiras causas e impactes

Apesar de as verdadeiras causas ainda não serem conhecidas, há duas fortes teorias que podem explicar esta situação: por um lado, terá sido identificado um teste aos sistemas de supressão de fogo, nomeadamente aos aspersores colocados nas várias divisões de um prédio que está em obras. Em muitos casos, os canalizadores utilizam um corante específico na água que ajuda à rápida identificação de possíveis fugas, mas que é totalmente inofensivo, para os seres humanos, para a qualidade da água e para os ecossistemas fluviais e marinhos.

Tendo em conta que esta informação não foi confirmada, surgiu outra “teoria” que indicava que noutro edifício não muito longe do acima identificado, e que também estaria em reconstrução, tinha sido levada a cabo uma testagem do sistema de canalização, sob a supervisão do Corpo de Bombeiros de Nova Iorque (FDNY, na sigla em inglês) e teria sido utilizado o mesmo método - água com corante.

O que é facto é que parte dos transeuntes que se cruzaram com esta situação acreditaram que seria uma substância perigosa ou tóxica que apresentaria riscos para a saúde da população e das espécies marinhas. Estranhamente, não é a primeira vez que isto acontece na cidade, visto que em 2017 ocorreu uma situação idêntica numa área dos subúrbios de Nova Iorque, que depois se veio a verificar que era tinta vede diluída.

Há ainda outras áreas do Estados Unidos da América onde já aconteceu este fenómeno: no Parque Nacional de Yellowstone os cientistas tingiram a água de alguns lagos com o mesmo corante verde fluorescente para tentarem compreender o comportamento das águas e das correntes presentes. Mesmo assim, a dúvida mantém-se na "cidade que nunca dorme" e até que seja clarificada, os boatos e rumores vão continuar a surgir.